segunda-feira, maio 15, 2006

Aquela mulher...

A espera é longa…
Ás vezes…infinita…
Depende do quê, de quem, como, porquê, aonde…
Tantas razões e motivos…
Uns validos outros não…
Porquê tantas certezas?
Ou…ainda tantas duvidas?
Não virá…e ela têm a certeza disso...
Mas, ainda têm aquela duvida…
E uma esperança incalculável que ele mude de
ideias à última da hora…

Não virá…
E passa o tempo…

Vi-a…passou, em passos largos, mas calmos,
pelo parque…
As lágrimas, contornavam o seu rosto…
Mas ela, não estava ali…

Ficara…
Sentada, imune a tudo o resto,
abstraída do mundo,
das folhas que caíam das árvores,
da chuva grossa que lhe encharcava até aos ossos…
Mais nada, parecia lhe importar, apenas,
esperava…
A esperança era a ultima a morrer,
e ela própria também…

Ela…morrera ali…
Á espera…de alguém…
Que tanto infortúnio lhe trouxe,
Tanto desgosto…
Tanta angustia…
Por mais que se tenha ido embora,
ficou lá, o seu coração…

Há quanto tempo foi isto…
E ainda a vejo no parque…à espera…

Devil_Girrl 16.05.2006

segunda-feira, maio 08, 2006

A culpada de eu me sentir assim?...

Fechou os portões altos do seu castelo…
Deixou-se trancada, durante muito tempo
na sua eternidade fingida, efémera…
como sempre, muitos treparam os altos muros
,
as suas muralhas….
Mas alguém ousou destrui-las por completo?
Tantos passaram as suas barreiras, e chegaram
bem perto dela, vendo a sua decadência,
vendo que tinha sido apenas perda de tempo…
Quantos foram aqueles que até começaram a destruí-la?
Mas nunca terminaram…era perda de tempo…
E é talvez…

Só o amor verdadeiro as destruiria, as mandaria a baixo,
não deixando sequer uma ponta de tijolo para contar a história…
É com isso que foi vivendo…


“É com esse sonho que me alimento…
Um sonho que se desvanece dia para dia…
Um sonho que morre…que me mata…

Já não acredito nas fadas…
Nem nos príncipes…
E nem no “para sempre”…

Rasgo a roupa…
Tiro a mola que me segura o cabelo…
Sou selvagem…
Uma tremenda raiva e ódio me assola o coraçã
o…
Quero morrer?
Quero matar?
Quero apenas sair daqui…
Tirem-me daqui!!!!!!!!!!!
Este castelo cheira a memórias

A merda deste quarto sabe a fel…
Os cigarros já não contentam nem aguçam a minha vontade…
Já não acalmam como
outrora…
Tirem-me daqui…

Desisto…”

O grande portão da frente se abre fazendo rosnar as dobradiças,
Está carcomido pelo tempo…

Uma demoniazinha em forma de gente sai pela frincha aberta…
Espalhando a infelicidade do sentir…
A solidão que não lhe coube mais na vida
E muito menos no coração…


Devil_Girrl 04.05.2006

quarta-feira, maio 03, 2006

Desenfreada e louca, perco-me nos meus sentimentos...


De onde brotam estes sentimentos
grandes e firmes,
gigantes e descoordenados,
como os passos de uma dança que mal acabada está…
De onde os fui desenterrar…
Ao meu passado longínquo,
em que em menina sonhei com o meu príncipe encantado?
Não, jamais iria a tamanho sonho criança buscar estes sentimentos,
apesar de verdadeiros e puros,
apesar de ter certezas infindáveis de jamais me ter sentido assim,
não me vejo a voltar à minha infância…
De tais formas e jeitos mudei tanto…
Mas tanto que até me assusto, hoje,
em que tomo consciência absoluta desse facto
tão importante na minha vida efémera de diabinha…
Quero saber a fonte, desta incontrolável ansiedade,
de te ver, cheirar, sentir, unir, amar….
Haaaaaaaa apaixonei-me, será?
Não! Vou pesquisar mais um pouco, nestes livros enormes
e que as paginas não tem fim, os livros do meu passado,
apesar de saber, pressentir, supor até…que esta abominável sede,
é com certeza de um passado recente…
Que está tão vivo dentro de mim e nos meus livros,
em que eu própria escrevo o desenrolar dos dias,
as intermináveis noites de solidão,
a dor…ou talvez as dores que me rodeiam e apoderam o meu coração…

Cá está! Ohh como eu suspeitava…
E não és mesmo um príncipe? És e sempre serás…
A tua bondade, e a tua dedicação em ajudar…
Como, como não poderei amar alguém assim?
Irresistível de olhar, muito têm a aprender é certo…
E agora que atravessa ele aqueles mares de duvidas,
que nos tomam conta da alma, do coração e da vida…
É bem certo e sabido que não o abandonarei, talvez seja
ousadia minha tomar tanta liberdade, mas sei que lho devo
como amiga que sou…
Desculpa-me as palavras de ontem, ou do outro dia,
explodir de raiva é sempre o meu primeiro acto…
Talvez o pior…mas o que posso eu fazer?
São feitios…hihi

Tantas e imensas palavras, já deves estar tão cansado
de me ouvir…ler…
Quem sabe eu não te as possa dizer,
mas de outra forma?
Quem sabe, daqui uns tempos…

Abro os braços…e vou a correr ter com os meus pequenos tesouros…
Aqueles que guardo numa caixa de sapatos…

Devil_Girrl 04.05.2006

segunda-feira, maio 01, 2006

E assim sou transparente para ti...


Tantas cartas e cartões feitos…
todos eles rasgados por raiva,
raiva por saber, ou apenas talvez,
suspeitar o que se iria passar depois…
Ouve-me! porquê estares assim?
Deixa-me de novo,
escrever-te as cartas
e oferecer-te os cartões…
Não te escondas mais do mundo,
saí cá para fora, ou,
deixa-me ir buscar-te de novo…

Deixa-me conseguir mais
do que aquilo que eu já tinha conseguido…
não aguento ver-te assim…
não aguento mais, ver-te assim,
sozinho e triste…
Acorda para a vida,
Arrisca, tenta, luta!
Por mais batalhas que percas,
não percas a força e a esperança,
vive um dia de cada vez,
vive o presente e o agora,
deixa o futuro, para depois,
deixa-o quietinho,
ele se ajustará…
Quebra as tuas regras,
essas rígidas regras que te impões…

Deixa-me amar-te de novo…
eu só não te quero ver assim,
Vive! Reage e Age!

Devil_Girrl 01.05.2006