sexta-feira, novembro 17, 2006

Abraçando-te ao longe...

Não silencies a voz que grita dentro de ti
por liberdade...
Não, não te aprisiones a ti próprio há solidão...
Mas quanto mais tempo te direi tudo isto?
Dou-te uma vida para me dizeres que me amas...
Dou-te bases, chão, para andares, mas ainda assim
tens medo de cair...
O que te digo, são sempre meras palavras, mas estas
não as leva o vento,
já as tuas, tão desimpedidas e cheias de certeza,
deixam-me embriagada por uma luz ofuscante,
de esperanças....esperanças que depois se
deixam de ouvir....
esperanças que se afogam comigo, num mar de letras
tristes que escrevo, escrevo e torno a escrever,
lamentando-me de mim, de ti, dos nossos sentimentos,
de tudo o que passámos, ainda estamos a passar,
e vamos passar mais há frente...

E não imaginas a tristeza que sinto
ao lembrar-me do que tu me disseste um dia...
"custa-me fazer qualquer coisa que te magoe.."

Acredito que te custe...
mas ainda não te apercebeste que é isso que tens feito...

Olha para mim, olha-me nos olhos....
Não vás....olha....

E tu olhas...ao longe,
onde nenhum de nós pode chegar....
onde nenhum de nós pode fazer seja o que for...

Devil_Girrl 17.11.2006



1 comentário:

Bruno Moutinho disse...

Como gosto dos teus poemas! A forma como te expressas, num fluir de palavras carregadas de sentimento. Muito lindo mesmo.