sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Ruínas



Dias inteiros por percorrer,
tanto para cantar, dançar, rir,
chorar, dizer, fazer,
crescer...
Entro em tempos de mim
que me quero esquecer.
E as oportunidades que teimam
em fugir...
ou simplesmente ainda não tenho
força para as agarrar.
Deixei amor consumir-me...
deixei tanto de mim
para amanhã...

Muralhas que ergui,
que sinto destruídas...
submersas em poeira e destroços
de mim,
num passado que não esqueci.
num passado que me atormenta
e não me deixa viver.
Muralhas que construo-o...
que não partem de mim.
E fecho-me num mundo só meu
em que ninguém quer entrar...
em que não deixo ninguém entrar.

E a derrota é tudo o que
consigo sentir...
e nos recantos mais escondidos,
a revolta, a tristeza, a esperança...
Perdi-te...
Perdi-te...perdi-me também...
e o que me resta são memórias
e um sentimento que sinto ridículo.

Marília Rodrigues 16.02.2007

2 comentários:

Anónimo disse...

a kem se destina estas palavras? a ti como sempre? inda lembro-me kd escrevest uma coisita pra mim a tempos ;P@

Anónimo disse...

Já faz algum tempo que na deixava um comentário neste blog notável :) Foi bom verificar que a qualidade ainda continua presente.

Gostei muito deste poema. Fez-me lembrar que nem sempre é fácil esquecer o nosso passado, as nossas "Ruínas" enquanto vivemos o presente.

Espero que essa inspiração volte a aparecer rapidamente! jinhos