segunda-feira, junho 05, 2006

Mistura de pensamentos, ideias e pessoas

Porquê esta maneira frívola
de pensar e agir?
Porquê o não pensar
e deixar andar?
Porque não consigo dizer
um simples basta,
um simples não?

Um dia cheio outro vazio;
Uma hora nada outra tudo;

(Deixei os meus pensamentos
inacabados em algum lado,
tenho de os ir buscar…)

Porquê falhar?
Porquê gostar-te e não, odiar-te?
Porquê deixar e não deixar-te?
Porquê eu e não tu?
Porque te olho e tu não me olhas,
Porquê ver-te, mesmo que seja pouco,
E tu não me vês???
Porquê?
(Hoje pareço uma criança…)
Desembaraça-me as ideias
e os pensamentos, querido,
Desembaraça-me os nós do cabelo…

Sou a protagonista do meu teatro,
a peça já vai alta,
E o resto dos actores,
não passam de figurantes
e personagens secundários.
Lamentam-se da vida no meu leito,
e as palavras doces, soltam-nas,
ao meu ouvido,
como também cantam,
para me conquistar e encantar talvez…
Depois de tudo tão bem ensaiado, saem gloriosos.
Recebem as flores e os aplausos,
e eu…varro as folhas, do soalho, do chão,
onde vocês todos, foram estrelas brilhantes,
e eu não!
A glória é muita e a peça
claro que terminou…
Fizeram vocês os vossos sucessos,
enquanto eu choro por amor que não tenho…
enquanto afinal, não fui eu apenas uma mera figurante…

Eleva o teu espírito anjo…
Dai-me asas pois já sei voar,
mas talvez ainda não seja hora
de as utilizar…

(As mãos já gastas de tanto,
limpar, arrumar, dobrar,
passar, cortar…
As mãos, as minhas mãos,
já um pouco cansadas,
não largam por nada esta caneta.
Porquê, amigo papel?)

Pessoa, deixas-te algo para mim…
Será mesmo, será? Enfim…

(O cheiro a lixívia predomina
ainda nas minhas mãos…)

Santo António…oh tu casamenteiro,
também queres me dar alguma coisa,
ou deixarás o acaso me dar?
Apenas queria amor,
pois tenho tanto para dar…

É bonita a mulher que
me trouxe ao mundo,
ainda é mais pois teve tantos filhos,
a sua missão sempre fora,
ser mãe…
Não a consigo ver, sentir de outra forma
se não, a minha eterna amiga,
de batalhas e de uma única guerra,
a sobrevivência neste mundo,
onde ambas nos sentimos estranhas…

Devil_Girrl 04.06.2006

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